Banca de DEFESA de DOUTORADO: JÉSSICA VANESSA DOS SANTOS LINDOSO
Por ppgca em 28 de março de 2025
DATA: 10/04/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Hibrido: Sala de Aula II PPGCA-LAMP/UEMA e Plataforma Microsoft Teams
TÍTULO:
“ATIVIDADE ANTI-Leishmania infantum E IMUNOMODULADORA DE Ageratum conyzoides L.: ENSAIOS in vitro”
PALAVRAS-CHAVES:Ageratum conyzoides, leishmaniose, produtos naturais, imunomodulação.
PÁGINAS: 83
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Medicina Veterinária Preventiva
ESPECIALIDADE: Doenças Infecciosas de Animais
RESUMO:
A leishmaniose visceral é uma antropozoonose considerada um importante problema de saúde pública e animal, com endemicidade no Maranhão. Devido grande incidência de casos humanos e animais no estado, a ausência de tratamento curativo para os reservatórios, toxicidade dos fármacos disponíveis e aparecimento de cepas resistentes é necessário investir em mais pesquisas nesta área. O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito anti- Leishmania infantum de Ageratum conyzoides L. bem como seu potencial imunomodulador e caracterizar composição química dos extratos desse espécime. O acesso à planta A. conyzoides L. foi cadastrado sob o nº ABFE29D e o acesso ao microrganismo L. infantum sob o nº A6ED5DD no SISGEN, de acordo com normas do Ministério do Meio Ambiente, e os testes com macrófagos murinos foram aprovados pela CEEA/UFPI/nº 789/2023. As amostras vegetais foram coletadas na cidade de Santa Rita-MA e submetidas à percolação exaustiva, obtendo-se assim 16 gramas de extrato hidroetanólico bruto. A partir do extrato bruto (EB) foi realizado o fracionamento com solventes de diferentes polaridades para obtenção da fração aquosa (FAQ), hexânica (FHEX) e diclorometânica (FDCM) utilizadas nos testes. O extrato e frações foram analisados por HPLC acoplada a espectrometria de massas para elucidação da composição química. Os ensaios antileishmania foram desenvolvidos com formas promastigotas e amastigotas de L. infantum, a avaliação da toxidade ocorreu por meio da viabilidade celular em macrófagos RAW 264.7 pelo método MTT e toxicidade in vivo em larvas de Tenebrio molitor. A. conyzoides também foi avaliada quanto a seu potencial imunomodulador por métodos de ativação de macrófagos peritoneais murinos. Quanto aos seus efeitos antileishmania, foi possível observar que apenas a FAQ não possuiu bom efeito frente a promastigotas. A CI50 para o EB, FHEX e FDCM foi de respectivamente 22,6 µg/mL, 162,25 µg/mL e 7,5 µg/mL, ou seja, a FDCM foi mais eficaz, o que demonstra que o fracionamento do EB para obtenção da fração diclorometânica proporcionou separação e maior concentração dos compostos biológicos de interesse nesta fração. A FDCM foi utilizada nas concentrações 1,87, 3,75 e 7,5 µg/mL para testes contra amastigotas internalizadas e apresentou redução da infeção nos macrófagos com taxa de infeção de 80%, 25% e 13,5%, respectivamente e reduziu a infectividade, demonstrada pela redução da carga parasitária. A CI50 calculada para FDCM foi de 2,88 µg/mL. Além disso, foi possível observar, que nas concentrações onde se alcançou o efeito antileishmania, a A. conyzoides L. não apresentou citotoxicidade, com índice de seletividade (IS) calculado para FDCM de de 21,50. Além disso, apenas a maior dose testada in vivo (3.000 mg/kg) em larvas de L. molitor apresentou aumento de pigmentação em relação ao controle salina. Quanto à caracterização química, foi possível elucidar ácidos, flavonoides e cumarinas no EB e a prevalência de flavonas e hidroxi-metil cumarina na FDCM. Desta forma, foi possível observar que a Ageratum conyzoides L. apresenta atividade anti-Leishmania infantum e que os flavonoides e cumarinas presentes na composição da planta podem ser os responsáveis por esse efeito, apresentando perspectivas promissoras para avanços em estudos biológicos e farmacêuticos para auxiliar o tratamento da leishmaniose visceral.
MEMBROS DA BANCA:
Interno – 6501 – ANA LÚCIA ABREU SILVA
Externo à Instituição – CARLA JANAINA REBOUÇAS MARQUES DO ROSARIO – UEMA
Presidente(a) – 7230 – FERDINAN ALMEIDA MELO
Interno – 000.331.603-33 – FERNANDO ALMEIDA DE SOUZA – UEMA
Externo à Instituição – MICHEL MUÁLEM DE MORAES ALVES – UFPI