Banca de DEFESA de DOUTORADO: KARUANE SATURNINO DA SILVA ARAÚJO
Por ppgca em 15 de janeiro de 2025
DISCENTE: KARUANE SATURNINO DA SILVA ARAÚJO
DATA: 31/01/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente Virtual – Plataforma Google Meet
TÍTULO:
“BIOMARCADORES DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E SANIDADE DE TAMBACU (Colossoma macropomum × Piaractus mesopotamicus) DO OESTE MARANHENSE, MARANHÃO”
PALAVRAS-CHAVES:
Piscicultura, qualidade da água; patógenos transmitidos pela água; segurança alimentar; saúde humana
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Medicina Veterinária Preventiva
RESUMO:
A piscicultura é cada vez mais importante global e nacionalmente, desempenhando um papel crucial na produção de peixes para consumo humano. O monitoramento de contaminantes microbiológicos e químicos da descarga de água é essencial para mitigar o risco de contaminação da água e dos peixes para consumo humano. Com o objetivo avaliar a qualidade da água como parâmetro de sanidade de tambacu (Colossoma macropomum × Piaractus mesopotamicus) do Oeste Maranhense produziu-se este trabalho. Espécimes de tambacu foram capturados em tanques escavados do município de Governador Edison Lobão, região Oeste do estado do Maranhão (MA) e feitas análises microbiológicas da água, da ração e do filé, bem como análises parasitológicas das brânquias e dos intestinos. Este estudo avalia a qualidade da água como parâmetro de sanidade de tambacu, analisa os parâmetros físico- químicos e de E. coli da água e dos músculos do peixe tambacu (Colossoma macropomum × Piaractus mesopotamicus), ocorrência de monogenoidea no oeste do Maranhão, Brasil. Ele também inclui uma caracterização qualitativa do zooplâncton nos tanques. Amostras foram coletadas de tanques tambacu em um sistema de barragens alimentado por cursos d’água naturais dos tributários do rio Tocantins, localizados na conexão dos biomas savana brasileira e Amazônia. Os hospedeiros foram examinados no Laboratório de Ecologia e Limnologia da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão. Foram feitas análises microbiológicas da água, da ração e do filé, bem como análises parasitológicas das brânquias e dos intestinos. Os Monogenoidea presentes foram coletados das brânquias e fixados em formalina 5%, montado no meio de Hoyer entre uma lâmina e uma lamínula. A classificação dos monogenoideos baseou-se nas partes esclerotizadas do haptor e do complexo copulatório. Foram encontrados 1.217 exemplares de Monogenoidea e identificados como Anacanthorus spathulatus. Evidencia-se a diversidade de Monogenoidea e demonstra-se que grandes infestações por Monogenoidea podem causar prejuízos econômicos, levando os hospedeiros a morte, devido à ação patogênica desses helmintos. Além de parasitas nas brânquias e nos intestinos, foi encontrada contaminação microbiológica nas águas dos reservatórios, na ração, no filé e nas brânquias acima do padrão estabelecido pela legislação. Os parâmetros físico- químicos e de E. coli da água não atendiam aos padrões nacionais. A comunidade zooplanctônica incluía representantes de Rotifera, Cladocera, Copepoda e Protozoa, sem estudos anteriores sobre zooplâncton na região, tornando essas descobertas sem precedentes. Desta forma, os resultados sobre a ocorrência de parasitas indicam a necessidade do monitoramento da presença de parasitas em pisciculturas do oeste maranhense. Conclui-se, portanto, que a qualidade da água dos tanques de cultivo exerce influência sobre a qualidade microbiológica dos peixes. Logo, os peixes produzidos na região Oeste do Maranhão necessitam de fiscalização e acompanhamento para que possam ser considerados alimentos seguros para a população. A qualidade da água estudada está relacionada à influência potencial de águas residuais não tratadas como fonte de contaminação, deixando a região estudada ainda longe de práticas seguras de reuso de água. As descobertas sobre contaminação química e por E. coli das águas de piscicultura preocupam a saúde humana e enfatizam a necessidade de regulamentações apropriadas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) – 998.593.353-20 – DIEGO CARVALHO VIANA – UEMASUL
Interno – 7319 – ALCINA VIEIRA DE CARVALHO NETA
Interno – 6242 – FRANCISCA NEIDE COSTA
Externo ao Programa – 813947 – NANCYLENI PINTO CHAVES BEZERRA
Externo à Instituição – TATIANE ARANHA DA PENHA – UEMA