Banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO : ALLANA FREITAS BARROS
Por ppgca em 26 de agosto de 2022
DATA: 31/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Virtual- Plataforma Google Meet
TÍTULO:“Caracterização epidemiológica, cito-histomorfológica e molecular da esporotricose felina na Ilha de São Luís-MA”
PALAVRAS-CHAVES:Sporothrix sp., lesões cutâneas, histopatologia, micose subcutânea e gato.
PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:A esporotricose é uma micose subcutânea causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii, de ampla distribuição mundial e que afeta várias espécies animais tais como: cães, gatos e seres humanos. A transmissão da doença ocorre com a inoculação de conídios ou leveduras no tecido subcutâneo por meio do contato com o fungo no solo ou com a secreção de animais doentes. A doença pode se manifestar nas formas: cutânea, localizada ou disseminada, a linfocutânea e a sistêmica. O diagnóstico pode ser realizado de forma direta, com a visualização de leveduras na secreção ou fragmentos de lesões, na histopatologia e citologia, ou a partir do isolamento fúngico, que permite a identificação morfológica do fungo, sempre que possível associado ao uso de técnicas moleculares que permitam a identificação da espécie. A droga de predileção para o tratamento é o itraconazol. O presente trabalho tem por objetivo identificar as espécies de Sporothrix spp envolvida(s) na esporotricose felina e as principais características epidemiológicas envolvidas no ciclo da doença na Ilha de São Luís. Foi realizado a avaliação clínica e exame citológico em felinos com suspeita de esporotricose atendidos no Hospital Veterinário Francisco Edilberto Uchôa Lopes. Nos animais positivos foi realizada a coleta de swabs com material das lesões para realização do cultivo fúngico, para identificação morfológica, e posteriormente com esse material a realização da PCR (Reação em cadeia da polimerase) para identificação genética e filogenia. Um total de 47 felinos com suspeita de esporotricose foram avaliados e 22 apresentaram o diagnóstico positivo na avaliação citológica. Em relação ao perfil dos felinos avaliados, a maioria dos animais não era castrado (67%), tinha livre acesso a rua e não possuía histórico de controle parasitário. A forma clínica mais observada nos felinos foi a forma cutânea disseminada (64%) e as lesões tinham como principais características serem erosões/ulceras, presença de crosta, hiperpigmentadas e hemorrágicas. Foi realizada a necropsia de 2 animais. As principais lesões observadas macroscopicamente foram múltiplas lesões ulceradas, localizadas na região de membros torácicos e pélvicos, focinho, orelhas, região periocular e escroto. O pulmão foi o único órgão que apresentou lesões macroscópicas como múltiplas nodulações de cor branca e aspecto macio. As colorações de PAS (Ácido Periódico de Schiff) e HE (Hematoxilina e Eosina) foram utilizadas para verificação da carga fúngica e alterações inflamatória. Na análise histológica da pele, observouse processo inflamatório linfo-histiocitário, grande quantidade de leveduras em todas as amostras, e a presença de edema e edema e congestão. No tecido pulmonar não foi observado a presença de leveduras fúngicas apenas a ocorrência do edema pulmonar, congestão e o processo inflamatório linfo-histiocitário.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) – 6501 – ANA LÚCIA ABREU SILVA
Interno – 6503 – ALANA LISLEA DE SOUSA
Interno – 000.331.603-33 – FERNANDO ALMEIDA DE SOUZA – Fiocruz – RJ
Externo à Instituição – JOICY CORTEZ DE SA SOUSA – UFMA
Externo à Instituição – RAFAEL CARDOSO CARVALHO – UFMA